segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Como criar faisão

Criação comercial da ave pode gerar renda com a comercialização de carnes, plumas, ovos e até esterco

POR JOÃO MATHIAS | CONSULTORA MARIA VIRGINIA F. DA SILVA
Embora há muito tempo já seja criado em cativeiro, o faisão pertence ao grupo dos animais que fornecem as chamadas carnes de caça, de paladar diferenciado e preço mais elevado. Branca, leve e saborosa, a carne da ave esteve por muitos anos restrita a cardárpios de restaurantes sofisticados e açougues especializados.
O status de produto nobre ainda se mantém, mas hoje já pode ser pedida em churrascarias, indicando que, aos poucos, seu consumo se populariza.
A carne, no entanto, não é o único produto comercial que pode ser obtido em uma criação de faisões: as plumas de coloração exuberante, os ovos nutritivos da espécie e até o esterco, utilizado como fertilizante agrícola, são outros potenciais geradores de renda. Os ovos da ave não ocupam ainda muito espaço na mesa dos brasileiros; contudo, com preços bem mais altos que os de galinhas, podem compensar na hora da comercialização. Há faisões, como o dourado, cujos ovos chegam a valer R$ 30 a dúzia.
A plumagem das diversas variedades da ave, de cores vivas e contrastantes, têm grande interesse para a ornamentação de chácaras e fazendas, assim como para parques e jardins públicos. Também há demanda para as penas, utilizadas na composição de fantasias e adereços, principalmente para desfiles e bailes no período do Carnaval.
A criação de faisão adapta-se bem a áreas pequenas, como viveiros em sítios e em quintais de residências. As instalações necessárias são simples e podem ser feitas de materiais rústicos ou já existentes na propriedade.

A plumagem das diversas variedades da ave, de cores vivas e contrastantes, têm grande interesse para a ornamentação de chácaras e fazendas, assim como para parques e jardins públicos. Também há demanda para as penas, utilizadas na composição de fantasias e adereços, principalmente para desfiles e bailes no período do Carnaval.
A criação de faisão adapta-se bem a áreas pequenas, como viveiros em sítios e em quintais de residências. As instalações necessárias são simples e podem ser feitas de materiais rústicos ou já existentes na propriedade.Os filhotes, em geral, nascem em chocadeira ou tendo galinhas como amas, já que as faisoas criadas em cativeiro não são boas mães
A ave não é exigente para se alimentar nem requer muitos cuidados veterinários. Embora tenha manejo fácil, o faisão passa por uma fase delicada nos primeiros meses de vida. Quando filhote, apresenta-se agressivo e tem hábito de canibalismo sob estresse. Na idade adulta, a ave é mais calma, porém, é bom manter apenas um macho por viveiro, para que não haja brigas na disputa por fêmeas.

RAIO X
>>> CUSTO: 
R$ 150 é o preço médio da ave
>>> CRIAÇÃO MÍNIMA: um macho e uma fêmea
>>> RETORNO: de um a dois anos
>>> REPRODUÇÃO: fêmeas de algumas variedades põem até 100 ovos por ano

MÃOS À OBRA
>>> INÍCIO 
Com mais de 100 variedades de faisão no mercado brasileiro, o criador tem um extenso leque de opções para escolher. Há alternativas mais indicadas para ornamentação –como lady, dourado, canário, nepal, prateado e swinhoe –e outras para corte –como coleira, versicolor, jumbo white e buff. É mais fácil conseguir abatimento nos preços dos exemplares entre fevereiro e abril, período em que a ave troca as penas.
>>> AMBIENTE A ave vive bem em regiões de clima quente. Também é indicado que o viveiro seja instalado em local tranquilo. A movimentação excessiva de pessoas e carros e a proximidade a atividades mais agitadas deixam o faisão estressado e podem prejudicar seu desenvolvimento.
>>> INSTALAÇÕES O criador pode usar sobras como sarrafos de madeira, tela de arame e telhas para baratear a construção do viveiro. O espaço para acomodar cada faisão pode variar de 1,5 metro x 2 metros a 2 metros x 3 metros por faisão, o suficiente para movimentar a longa cauda e evitar que as aves fiquem muito próximas a ponto de se irritarem.
>>> CUIDADOS Rústico e resistente, o faisão não exige muitos cuidados. Mas, como tem o hábito de ciscar, recomenda-se a aplicação de vermífugo duas vezes por ano. Pode-se administrar uma dose em fevereiro, antes que ocorra a troca de penas, e outra em julho, antes da época de postura. O próprio criador pode diluir o medicamento na água ou misturar na ração para dar ao animal. A programação de vacinas segue a mesma tabela das galinhas.
>>> ALIMENTAÇÃO A ave pode receber ração indicada para galinhas ou codornas, que pode ser comprada em lojas de produtos agropecuários. Diariamente, forneça três refeições, incluindo frutas e hortaliças, como complemento alimentício –evite a alface, que, por conter muita água, pode provocar diarreia na ave.
>>> REPRODUÇÃO O acasalamento pode ocorrer a partir do primeiro ou segundo ano de vida, dependendo da variedade, e concentra-se de agosto a janeiro. Poucos meses antes desse período, deixe um macho por viveiro para impedir brigas entre os reprodutores na formação de casais. É possível identificar os sexos desde o terceiro mês de vida.
>>> CHOCADEIRA A criação de faisão necessita de uma chocadeira para manter os ovos aquecidos da postura à eclosão. As fêmeas não são boas mães, apresentando dificuldade para chocar quando criadas em viveiros. Como opção para a compra do equipamento, cujo preço pode superar R$ 800, a galinha caipira e a garnizé podem ser utilizadas como amas. Depois da eclosão dos ovos, transfira os filhotes para criadeiras com aquecimento até iniciar o crescimento das penas, o que leva de 40 a 60 dias.
*Maria Virgínia F. da Silva, da Associação Brasileira de Criadores de Aves de Raça Pura (ABC Aves), Rua Ferrucio Dupré, 68, CEP 04776-180, São Paulo (SP), tel. (11) 5667-3495, http://abcaves.com.br
Onde adquirir: com os criadores João Germano, tel. (11) 3851-3294; e Melita Buss, tel. (11) 4178-5910


Galo índio gigante pode custar de R$ 500 até R$ 6 mil reais

Usadas originalmente em rinhas, aves hoje são destinadas à produção de carne em um negócio muito lucrativo

POR BRUNA DE ALENCAR, COM VINICIUS GALERA

O criador Geraldo Gonçalves investe há 16 anos na criação das aves da raça galo índio gigante no município de Baldim (MG). A atividade, que começou de modo amador, transformou-se em uma oportunidade nos últimos anos. A grande lucratividade do negócio deve-se, principalmente, às características e valorização da raça no mercado. São aves de grande porte que chegam a medir mais de um metro de altura e a pesar até 8 quilos.
Os galos gigantes são rústicos e não necessitam de uma infraestrutura complexa para a criação. Devido ao porte avantajado, originalmente a raça foi bastante explorada em rinhas, atividade hoje proibida. Atualmente, a finalidade é a produção de carne. O gasto por ave, do nascimento até a fase adulta - cerca de seis meses -, gira em torno de R$ 30. “Aqui na fazenda criamos as aves basicamente à base de milho e soja, além de muito verde. Com quatro meses de idade, elas já estão prontas para o abate”, explica Gonçalves.

Considerado o nelore das aves, o galo índio é resultado do cruzamento de diferentes raças caipiras. A dúzia de ovos pode custar até R$ 180, enquanto cada pintinho tem o valor de R$ 50. Um galo na fase adulta custa em média R$ 500. Já as aves com medidas acima da média (1,17m) e com boas características, como barbela de boi e crista bola, podem chegar R$ 6 mil.
Os galos também são utilizados para aprimorar a genética da espécie. E existem, ainda, os colecionadores que criam a raça como aves ornamentais.
Cuidados com o animal
Alguns cuidados devem ser seguidos durante o manejo, tendo com base os desafios sanitários encontrados em cada criatório ou local de permanência dos animais. Um espaço adequado que permita que os galos se exercitem, como em piquetes, deve ser preservado para evitar brigas, competições por alimento ou mesmo disputas por fêmeas e território.
“Dentre os cuidados necessários para garantir a saúde das aves, além do acompanhamento veterinário, é importante que os criadores sigam um programa de vacinação que envolva aplicações contra bouba aviária, newcastle e marek”, explica a veterinária Natália de Melo Moraes.
Chega de briga!
As rinhas de galo são proibidas no Brasil, conforme previsto na lei 9605/1988. O contraventor pode responder por crime ambiental e maus tratos. Segundo Natália de Melo Moraes, em rinhas o animal é submetido a situações de estresse, desgaste físico e até a morte. “‘Os ‘galos de briga’ são cruelmente ‘treinados’ para adquirirem resistência e fortalecimento da musculatura. Medicações estimulantes ou mesmo hormônios costumam ser aplicados nas aves para promover o desenvolvimento do animal, colocando em risco, mais uma vez, a saúde da ave”, explica.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Galinhas Brahma




Brahma é uma raça de galinha asiática, que tem origem na região de Bramaputra na Índia. Conhecida também como Chitacongs, Xangai e Brahma Pooltras. Acredita-se que resultou de um cruzamento da raça Malaio com a raça Cochin gigante. As primeiras aves a serem exportadas da Índia foram para os EUA e parte foi também introduzida na Grã-Bretanha. Algumas destas aves foram presenteadas então à rainha Victoria. Importadas por volta de 1840, foram geneticamente aprimoradas pelos americanos até chegarem à Brahma Light, Brahma Dark e Brahma Buff.


Características


Casal Brahma Light. Gravura.
O tamanho e a força do Brahma, sugerem que a raça tem algum parentesco com a ave selvagem 'asiatic elusive'(Gallus Gigantus).
As pernas e os pés, até os dedos do meio, são emplumados.
O galo pesa de 5 a 7 kg e mede de 60 a 80 cm de altura. A fêmea pesa de 4 a 5 kg e produz de 120 a 150 ovos por ano.
Existem 3 variedades mais comuns dentro da raça Brahma, que diferem em padrão de cores, estas são Brahma Light(branco e preto), Brahma Dark(preto e branco) e Brahma Buff(marrom/dourado). Porém também há outras variedades como Brahma Black, Brahma White, Brahma Blue, Brahma Carijó, Brahma Splash e Brahma Perdiz.






Brahma Light



 Brahma Buff

 
Brahma Dark

 

 Brahma Perdiz

 Galo Brahma Light








Galo Brahma Perdiz